quinta-feira, 11 de março de 2010

Torre de Oração



TORRE DE INTERCESSÃO

PROPÓSITOS DA ORAÇÃO.

1- Ações de graça, louvor e adoração.

Ap5.12. “Digno é o cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riqueza e sabedoria e força e honra e glória e ações de graças”...

2- Confissão dos pecados.
Identificação com os pecados da Igreja de Cristo, de nossa família e nossa nação.
3- Interceptando o culto a “rainha dos céus”. Sl 149.8,9. Prendendo os seus reis em cadeias e os seus nobres em grilhões de ferro, para executar contra eles a sentença escrita o que será louvor para o nosso Deus.
3.1 Fechamento de centros espíritas, templos de satã, igreja apóstata, lojas esotéricas, massonaria, rosa cruz, nova era, iluminate e todos os tipos de ocultismo e etc.
3.2 Levar todo pensamento cativo ao Senhorio de Cristo, das autoridades constituídas: Presidente, Embaixadores, Ministros, Governadores, Deputados, Senadores, Vereadores, Prefeitos, Juízes, Procuradores, Desembargadores e todos os que estão investidos de autoridade em nossa nação.
3.3 Oposição a todos os espíritos de engano na igreja, na mente de líderes e membros
4- Entrega e consagração a vontade de Deus.
4.1 Senhor levanta-nos da ruína. Am.9.11.12.
4.2 Fecha as nossas brechas e edifica-nos, para que possuamos o Brasil e os povos que são chamados pelo teu nome:
● Cura e libertação.
● Submissão e prontidão para servir. Rm.13.1 Lc.17.10.
● Busca por conhecimento experimental de Deus. Os.4.6, 6.3.
● Busca por um coração ensinável. Sl.119.12.
● Fruto do Espírito manifesto em nós, Igreja. Gl.5.22
● Estabelece-nos como fiés(Sl.101.6), adoradores(Jo.4.23.) e intercessores(Ez.22.30).
● Batismo no Espírito Santo. At.1.8.
● Dons espirituais. ICo.12.31.
● Unção para desenvolvimento de ministérios. Ef.4.11.
● Derrama sobre nós a unção de multiplicação.
● O pleno desenvolvimento da visão celular: Ganhar(Mc.1615.), Consolidar(Mt.28.20.), Treinar(II Tm.2.2, Cl.1.9) e Enviar
● Cada discípulo um ministro e cada casa uma igreja.
● Pré-encontro, encontro, pós-encontro, reencontro.
● Escola de Líderes, Escola de Nível, Células.
● Festas Bíblicas
● Aquisição de terrenos e a construção de templos. Nm.33.53, Ag.2.8.
● Causa na justiça.
● A formação de um governo sadio. Tt.1.5.
● Eventos de Colheita (Evangelismo em massa).
● Formação de torres de intercessão.
● Líderes de Redes, congregações e células.
● Destronar todo principados e o valente que guerreia contra nós desarmando-os, manietando-os com palavra de Deus e ministrando aos anjos guerreiros que os expulsem do nosso meio, bem como os seus lacaios e toda orda do inferno que se levante contra nós, fora com a mentira, adultério, impureza, falsidade, falso ensino, toda orgia, idolatria, feitiçaria, orgulho, medo, incredulidade, imoralidade, religiosidade, rebelião, etc...
● O ano de 2010. Confirma trazendo Colheita, Conquista e Governo.
● A Meta de 3000 pessoas para nossa igreja no ano 2010.
● Neutralizando no mundo espiritual maldições por palavras e críticas a nossos pastores e líderes.
Jejum Pela nossa igreja e a comunidade onde ela esta localizada
confrontando os espíritos territoriais neutralizando assim os dominadores e potestades. Liberando o local para que haja salvação, libertação, cura interior e cura do corpo, renovo espiritual, restauração familiar, etc...

segunda-feira, 8 de março de 2010

Ministério Profético

SÉRIE PROFETAS E PROFECIAS Nº 1
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SÉRIE PROFETAS E PROFECIAS Nº 1
O PROFETA HOJE
Por John Maclauchlan
Na sociedade em geral, o termo "profeta" é altamente suspeito, e é freqüentemente
associado na imaginação popular com ofícios ocultistas tais como adivinhos, quiromantes e
necromantes. No outro extremo, o termo torna-se totalmente neutralizado quando é usado
em referência a uma pessoa com boa capacidade de previsão: um comentarista político ou
um prognosticador econômico.
No movimento carismático o profeta tornou-se um perpétuo anunciador de palavras
inspiradas, alguém que exercita regularmente o carisma da profecia, ao mesmo tempo em
que para a maior parte da igreja evangélica ele já se tornou extinto.
De fato, haver profetas de Deus é postulado pela existência de um Deus que se
expressa. Um Deus que não só fala à sua criação e às suas criaturas através de eventos
materiais, mas que fala aos homens através de homens. Tal é a natureza inevitável de um
Deus pessoal que fez a criação e os homens a fim de se expressar neles através deles. Na
verdade, Deus chegou mesmo a declarar que suas ações nunca excederão à revelação
profética dada por ele! (Am3:7). Se alguém argumentar que Deus tem falado plenamente e
de modo conclusivo a nós pela encarnação do seu Filho, responderemos que o seu Filho
ainda está falando (At.1:1), e que ele faz isto dando profetas à sua igreja (Ef.4:11).
O termo mais antigo para profeta é roeh, vidente, uma palavra também usada para
visão profética. O termo posterior é nabi', aquele que fala, porta-voz, profeta. Nabi' vem de
uma raiz que significa levantar-se, vir à luz ou inchar. É relacionada com a palavra para um
ribeiro borbulhante e com verbo jorrar, esguichar abundantes sons e palavras (Pv18:4).
Pode ter um sentido passivo, como de "alguém que se faz borbulhar com o Espírito de Deus,
que é inspirado", mas é mais corretamente interpretado como tendo um sentido ativo e
contínuo: "alguém que jorra as palavras de Deus", um divulgador divinamente inspirado, um
anunciador, um porta-voz (Êx7:1; 4:16). Portanto, há um aspecto anterior, passivo e
receptivo no profeta: ele vê. E há um aspecto ativo, comunicativo: ele fala. Ele não é uma
boca meramente; ele tem revelação e percepção da parte de Deus, e é comissionado a
comunicar e agir como porta-voz de Deus, compartilhando de um coração cheio de visão e
revelação.
ELE VÊ
Conclui-se que o profeta terá um papel a desempenhar sempre que Deus estiver
falando ou agindo. Através dele Deus expressa sua vontade, seus anseios e propósito. O
profeta vê o que Deus está fazendo e dizendo antes de expressar e anunciá-lo (Am1:1).
Deus desvenda o seu propósito ao profeta, pois sem tal revelação ele permaneceria
encoberto (Am3:7). Este desvendamento não vem necessariamente por meio de uma
palavra repentina que lhe "cai do céu", mas mais freqüentemente consiste de uma crescente
percepção, um arraiar de revelação, pois o profeta está constantemente ouvindo a Deus
com o coração e o ouvido de um discípulo (Is 50:4,5). Depois de ter visto e ouvido, é natural,
ou melhor, inevitável, que ele fale, assim como é natural que o temor siga ao rugido do leão!
(Am 3:8).
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Como vidente, o profeta vê claramente e tem percepção até de eventos presentes (2
Rs 6:12). A sua preocupação o tempo todo é com a realização do propósito e desejos de
Deus, e ele procura cumprimento e consumação. Ele compreende as coisas como estão,
mas não as aceita sem mudança. Ele declara a palavra criativa e energética de Deus dentro
da situação presente, e esta palavra torna-se evento ou acontecimento, mudando o que está
ao seu redor. Portanto, uma prova da autenticidade do profeta é se sua palavra acontece,
tornando-se realidade (Dt 18:22).
A personalidade do profeta se envolve muito na sua profecia. Seu temperamento, a
vivacidade da sua imaginação,o tipo de imaginação que possui, seu treinamento mental e
sua formação, todos têm um papel. Ele é um homem preparado por Deus desde o ventre da
sua mãe, e tem sido guiado por um caminho formativo ordenado por Deus. Desta forma
Ezequiel expressa sua mais alta revelação em termos do templo tão bem conhecido por ele,
e Amós usa figuras da sua vida de pastor de ovelhas. Isto não significa que a profecia seja
sempre idêntica à opinião própria do profeta, conforme percebemos claramente na história
do conselho que Natã deu a Davi (2 Sm 7:1-16). Primeiro ele deu conselho, mas este foi
anulado pela palavra do Senhor. Mas, tendo em vista que o profeta é um homem que vive
pela vontade de Deus, e que se permite encher e ser motivado pelos anseios e desejos de
Deus é de esperar que ele experimente um nível cada vez mais alto de unanimidade com o
seu mestre!
ELE DECLARA
O assunto do profeta corresponde com a sua percepção e carga: a vontade e o reino
de Deus. De fato, esta é a substância de toda a revelação de Deus ao seu povo. O profeta
Moisés (Os 12:13) declarou a vontade de Deus para formar uma teocracia, e toda a profecia
posterior está em harmonia com isso. De fato, um critério para julgar profecia é que qualquer
profeta que afasta o povo da obediência a Deus é um profeta falso (Dt 13:1-3).
O profeta anuncia a vontade e o alvo de Deus. Constantemente fala além das
limitações do presente e declara o reino perfeito que será realizado através do Messias. A
fim de que isto aconteça, ele declara o juízo vindouro, um juízo que começa agora na casa
de Deus. Ele declara o "dia do Senhor", a perfeita revelação de Deus, envolvendo
particularmente (e necessariamente) o juízo e a erradicação de todo o mal. Ele declara a
"era vindoura" (Hb 6:5), mas também o seu efeito presente entre um povo atual que será um
instrumento em liberar esta era vindoura. Ele mesmo freqüentemente libera os poderes
desta era vindoura em sinais miraculosos que apontam para o reino de Deus (por exemplo,
Moisés e Elias), mas seu verdadeiro anseio é para que o próprio povo de Deus torne-se, ele
mesmo, o maior sinal (Is 8:18 ; Zc 3:8).
ELE PREDIZ
O profeta faz predições concretas, mas não é nenhum clarividente com a pretensão
de ver adiante um futuro já predeterminado. Ele aceita que a vontade e o tempo de Deus
são ambos reais, não ilusórios. Por estar cheio da vontade e dos desejos de Deus, ele
declara esses desejos criativamente dentro da situação presente, mudando e moldando-a,e
liberando a vontade de Deus para realmente acontecer. Desta forma, Daniel tomou a
predição de restauração feita por Jeremias, respondeu a ela e pela oração trouxe-a ao seu
cumprimento. Há ampla evidência que circunstâncias mudadas alteram uma direção de
eventos anteriormente declarado (Jn 4:2).
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Por serem a história e o tempo fatos reais o profeta reconhece que os obstáculos
precisam ser removidos. Por isso ele arranca e derruba (Jr 1:10) para dar lugar à construção
firmada daquilo que Deus quer. Essa função destrutiva é essencial para limpar todo o
entulho e lixo dos séculos de falsos conceitos e idéias humanas, e para abrir o caminho para
Deus fazer novas todas as coisas. Mais do que todos, o profeta sabe que o machado precisa
ser posto à raiz das árvores, e que a igreja doentia e esfacelada por divisões precisa dar
lugar à nova e pura criação de Deus.
O profeta fala usando conceitos comuns e ele mesmo e aos seus ouvintes. Assim
“Sião” era o local geográfico para os judeus; agora, para a igreja, transcende localidade
nacional. Se Sião significa a igreja manifestando o reino, os inimigos hereditários (Egito,
Moabe, Edom, Assíria, etc.) significam os oponentes do povo de Deus, tanto espirituais
como terrenos, e a guerra contra esses inimigos pode ser interpretada como uma expressão
da confrontação da igreja com o mal ( Is 1:14). O princípio corporificado pela profecia é o
central; somente os acontecimentos poderão revelar até que ponto seus detalhes são
literais. A predição do Messias montado num jumento ( Zc 9:9) expressava a sua humildade,
e não era necessariamente uma predição concreta até que Jesus a viveu na prática para
expressar o princípio envolvido. O resto da profecia não foi cumprido literalmente, mas o
princípio de toda ela é válido.
Portanto, os princípios da profecia são válidos para toda geração. O dia do Senhor
significava, numa época, juízo pelas mãos da Assíria, e significará juízo final. Nos dias da
Reforma, identificava-se o anticristo com o Papa, depois mais recentemente com Hitler, mas
será o homem do pecado dos tempos do fim. As manifestações destes princípios voltam a
ocorrer repetidas vezes na história, mas o círculo da profecia se fechará com a consumação,
a expressão completa desses princípios. O ingrediente ausente de permanência e
consumação é integralmente ligado à ressurreição ( Is 26:14-19), que por este motivo é
também um tema central para o profeta. Ele vê que esta geração, a sua geração, pode
completar a vontade de Deus ( 2 Pe 3:12) e prosseguindo, entrar na imortalidade.
ELE COMUNICA
O profeta tem um senso de história e um senso de destino. Ele tem sempre a
consciência de estar levando para frente algo que foi iniciado a muito tempo, de estar
desenvolvendo algo já existente. Ao declarar o reino de Deus agora, ele é cônscio de ser um
descendente direto daqueles que primeiro proclamaram este grandioso tema.
Por causa do seu senso de história e de destino, que se combina com uma profunda
história pessoal dos tratamentos de Deus, ele se torna singularmente capaz de comunicar
um senso de história e de destino para o povo de Deus.
Num sentido, o próprio profeta personifica o propósito de Deus e deve se livrar de
interesses pré-estabelecidos sejam em termos do cumprimento das suas palavras ou em
termos de patriotismo e nacionalismo. Sua única preocupação é a causa e o reino de Deus.
Deus fala conforme o seu querer, não para responder a curiosidade ou impaciência do
homem. O profeta serve a Deus e não ao homem. Contudo, como já vimos, o cumprimento é
influenciado pela resposta do homem. O juízo profetizado pode ser evitado pelo
arrependimento; bênçãos prometidas podem ser realizadas pelo comprometimento fiel.
Devido ao seu senso da iminência de Deus, o profeta freqüentemente declarará não
só que “o tempo está próximo”, mas que “agora é” ( Jo 4:23). Enquanto ele declara que algo
é , acontece; enquanto ele fala da era porvir ela irrompe dentro do presente século mau.
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Quando um povo inteiro surgir, correspondendo à palavra profética de Deus desta forma, a
consumação virá.
O profeta é fundamental para trazer tudo isso à existência ( Ef 2:20), e a igreja não
pode ser edificada sem ele. Ele traz revelação ( Ef 3:4,5) e imprime direção.Transmite visão,
e incita movimento. Estende o horizonte do povo, e proporciona propósito para sua vida
cotidiana.Ele tem uma função especial em relação a outros líderes, liberando a sua liderança
e dirigindo a sua função (veja Ageu Zacarias). Traz orientação, direção e revelação a vidas
individuais (At 21:10,11), e pode muitas vezes não ser popular, pois se opõe a tudo que
impede o propósito de Deus. Ele não receia ferir antes de curar. Mas, sem ele, o senso de
propósito e alvo da igreja, e a sua correspondência presente ao Deus vivo, estariam
ausentes. Sem o profeta, seitas e denominações nascem, dependendo de credo fixo e
doutrinas formuladas para sua segurança, e perdendo inteiramente e seu impulso e
propósito em Deus.
DEUS ESTÁ RESTAURANDO
Deus agora está restaurando profetas para a igreja. As outrora escassas fileiras de
homens que, através dos séculos, têm falado destemidamente do coração de Deus ao seu
povo, estão aumentando. Como podemos reconhecer tais homens? Ou como alguém pode
conhecer o chamado de Deus para si? Esta última pergunta se responde mais facilmente,
pois envolverá uma comissão direta de Deus, ou uma comissão através de alguém que já
esteja operando nesse ministério. Mas um artigo como este pode trazer o início de um
comissionamento, por despertar uma percepção crescente do tratamento de Deus em certas
maneiras e do desenvolvimento de certas características. E aqui as duas perguntas se
fundem em uma só...
O papel profético envolve pensamento profundo (quer seja um homem de formação
“acadêmica” como Paulo ou Ezequiel, quer seja “prático” como Amós), meditação e
comunhão constante com Deus. Nisso não existe nenhuma implicação de espírito pesado
(Jesus, o profeta por excelência, comungava incessantemente com seu Pai e ao mesmo
tempo apreciou a vida ao máximo), mas somente de realidade com Deus. Freqüentemente
haverá estudo e tempos específicos de esperar em Deus. O profeta não é um dispensador
de “mensagens inspiradas” provenientes de mente vazia. Ao contrário, sua vida inteira foi
moldada por Deus a fim de poder expressá-lo.
Ele terá que passar por experiências profundas e pessoais à medida que sua vida é
moldada e transformada. Estas experiências muitas vezes serão entre si e Deus somente e
podem ser incompreendidas por aqueles ao seu redor. Através disso, ele desenvolverá uma
nova perspectiva de tudo na vida, pois estará comungando com Deus através de todas as
coisas. Eventos mundiais e corriqueiros e sua leitura tornam-se atividades em que Deus se
comunica com ele, dando-lhe entendimento e perspectiva divinos. Ele desenvolve o que
podemos chamar de “consciência profética”. Por ter ele elemento de vulnerabilidade
(particularmente nos mais jovens), à medida que estas características se desenvolvem, ele
fará bem em se relacionar de perto com alguém em quem veja uma expressão mais madura
dessas qualidades, e se abrir e submeter sua vida a ele.
Mais e mais ele “verá” e verá mais e mais. À medida que vê, ele falará e começará a
comunicar o peso do coração de Deus aos que estão ao seu redor. Por ver mais e mais
claramente, ele introduzirá conceitos que serão novos parar os seus ouvintes, e começará a
dar direção em situações diversas, pois, ele vê as coisas de modo diferente daquele que
olha somente para o exterior. Mais e mais experimentará a direção do Espírito, e uma
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consciência que sua vida é orientada em todas as coisas por Deus. A paixão que o consome
será a mesma do Espírito Santo (Jo 16:14): a liberação e expressão da glória de Jesus
Cristo na igreja e através da terra.
HOMENS DO ESPÍRITO
O Espírito Santo e o profeta são inseparavelmente ligados. Profecia divina é sempre o
resultado da inspiração do Espírito de Deus, não simplesmente a criatividade independente
do espírito humano. O Espírito “vem sobre” um homem para que profetize (Nm 24:2), ou, de
um modo mais forte, “cai sobre” ele (Ez 11:5). Alternativamente, a “mão do Senhor” pode vir
sobre um homem ( 2 Rs 3:15) e resultar em profecia (Ez 1:3).
O Espírito pode revestir um homem como um véu ou veste (Jz 6:34), expressando-se
através dele. Ele pode “repousar” sobre alguém, resultando em profecia (Nm 11:26,29). Esta
experiência contínua é citada em outra passagem (Is 61:1), é notada particularmente em
relação a Jesus (Jo 1:32,33), e é declarada ser nosso privilégio nele (1 Jo 2:27). Deus pode
também “dar” (Nm 11:29) ou “derramar” (Jl 2:28) o seu Espírito em conexão com a liberação
de profecia. O profeta, então, não é nada se não for um homem do Espírito, que
experimenta e expressa a Deus. Sejam quais forem seus dons intelectuais (e Moisés,
Ezequiel e Paulo demonstram grande força intelectual), seu dinamismo é o Espírito de Deus
e as raízes da sua vida são lançadas profundamente nele.
Que Deus nos conceda profetas. Que a igreja os reconheça e os ouça. Que a igreja
absorva o espírito profético e se encha com o testemunho de Jesus (Ap 19:10).
O MINISTÉRIO DO PROFETA
Por Graham Perrins
O profeta é ministério fundamental para a igreja. Isto é verdade historicamente. Os
primeiros apóstolos e profetas lançaram a base de tudo que se seguiu. Paulo mostra em
Efésios que eles se encaixam ao lado de Jesus, a pedra angular (Ef 2:20). Como mordomos
da graça de Deus ministraram a revelação do mistério de Cristo (Ef 3: 1-7). Sua importância
na igreja primitiva é clara e subentendida. Mas os profetas também são fundamentais para a
vida sucessiva da igreja. Em Efésios 4:1 e 1Coríntios 12:28, Paulo mostra que são
essenciais junto com outros ministérios para levar a igreja à maturidade. Consignar o profeta
somente para a igreja primitiva é roubar a nossa geração dos dons que Deus ainda anseia
nos dar.
Cada geração precisa da contribuição do profeta para perceber a mente do Senhor,
clarificar os alvos, impulsionar, dar visão, provocar, desafiar. SE abrirmos os braços para o
profeta, teremos que dar adeus para o corriqueiro, o estereótipo, o inócuo. Teremos que
estar preparados, em lugar disso, para sermos sacudidos e peneirados, para recebermos
novas ênfases e novas direções.
Apesar da sua importância, tem-se escrito pouco para encorajar e treinar tal
ministério. Há pouco para ajudar-nos a compreender qual seria a sua relevância no contexto
do século XX.
Sem dúvida, há alguns prontos a imitar o chamado profético. O idealista político com
seus sonhos de um paraíso humanístico, o estudante radical revirando irrelevâncias
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teológicas, o pregador moderno fornecendo modas religiosas. Todos esses assumem o
manto, mas assenta-lhe mal.
Será que Deus nos deixou sem a palavra encarnada de forma viva e relevante para
nós hoje? Não há quem possa trazer o dinamismo da vida do reino para agir sobre as
rochas de incredulidade e superstição? Tem-se afirmado que os profetas desmamaram
Israel da idolatria. Infelizmente, creio que não se pode dizer o mesmo da igreja. Falta-nos
um longo caminho a percorrer.
Apesar de tudo, não temos motivo para desânimo. Há uma crescente preocupação
para ver este ministério estabelecido entre nós. Vozes estão se levantando. Vozes que
conclamam a igreja ao comprometimento total à vontade de Deus, não às tradições dos
homens. Vozes que não pregam verdades de segunda mão, mas a palavra que nos levará à
maturidade como filhos de Deus. Vozes que apresentam a esperança da igreja e o juízo do
mundo com um som definido, proclamando Jesus Cristo ressurreto e prestes a voltar.
A SUA PALAVRA CORRE VELOZMENTE
Por Graham Perrins
A palavra de Deus é potente e dinâmica. Ele o disse e assim foi. Ele falou e os
mundos foram formados. O que não era veio à existência.
Quando o Senhor proferiu as palavras da sua aliança a Israel, o Monte Sinai
estremeceu violentamente e os corações dos homens se derreteram dentro deles. Seu
sussurro ecoou qual trovão através do universo. Quando repreendeu nações a terra
estremeceu. Quando uniu a sua voz à dos que bradavam os muros de Jericó ruíram. Não
era só o que se dizia, mas quem o dizia.
Há uma inevitabilidade inerente na palavra de Deus. Não podia ser de outra forma, e
precisamos enfrentar sua realidade.
Quando Israel viajava rumo à sua herança, foi-lhes dito que bênçãos ou maldições
viriam sobre eles e os alcançariam ( Dt 28:2,15,45). A idéia é que a palavra proferida para o
povo de Deus os perseguirá até alcançá-los e dominá-los com o seu conteúdo. A oração de
Paulo era que a palavra de Deus se propagasse e fosse glorificada (2 Ts 3:1). Isaías registra
a avaliação que o próprio Deus faz da sua palavra: “Assim será a palavra que sair da minha
boca; não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz, e prosperará naquilo para que a
designei “ (Is 55:11). Deus tem falado, está falando, e há de falar outra vez. Sua palavra é
inexorável e corre velozmente para alcançar os seus objetivos (Sl 147:15 ; 19:4). Quão
grandiosa é, e ao mesmo tempo, quão temível !
Habacuque relata uma visão que recebeu e a ordem que lhe foi dada a respeito dela:
“Escreve a visão, grava-a sobre tábuas, para que a possa ler até quem passa correndo.
Porque a visão ainda está para cumprir-se no tempo determinado, mas se apressa para o
fim, e não falhará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará” (Hc 2:2,3).
Estes versículos parecem sugerir que Deus retém algumas palavras, semelhante a
um corredor que se restringe na última volta, esperando para liberar toda sua energia e
recursos no trecho final. “Estas palavras estão encerradas e seladas até ao tempo do fim”
(Dn 12:9). Seu potencial total ainda não foi liberado. Os significados mais profundos não
foram revelados. A vontade final de Deus não foi cumprida.
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Estamos nos aproximando da época quando todas as palavras de Deus proferidas à
humanidade através da história convergirão num rio poderoso. A sua voz tem o som de
muitas águas. Abala o que é abalável. Remove tudo na sua frente. É a palavra de Deus
encontrando a sua expressão final. Toda promessa encontrando seu Sim e Amém final em
Cristo. Glória!
O capítulo 10 de Apocalipse nos leva ao estágio em que o tempo de espera se
acabou. Não haverá mais demora. A sétima trombeta soará. O mistério de Deus é
consumado. Tudo que ele anunciou aos seus servos os profetas é cumprido.
À luz disso, apropriemo-nos do seguinte desafio lançado para João: “Importa que
profetizes outra vez”. “Tome essa palavra outra vez – libere-a – deixe-a correr velozmente.
Tudo que você ingeriu da minha palavra e da minha visão você terá que profetizar. Você tem
que levar essa palavra irresistível à sua geração. Você terá que falar essa palavra de Deus
dentro da sua era, deixando-a correr velozmente para apressar os meus propósitos.” A
conclusão é inevitável.
ABRAÇANDO A PALAVRA PROFÉTICA
Por W. Grogan
Através da história de Israel e da igreja tem-se notado um fenômeno repetido,
evidente em cada geração. Enquanto os que têm visão e percepção proféticas proclamavam
os presentes e futuros propósitos de Deus para o seu povo, tem havido uma tendência de
ignorar, ressentir-se, ou rejeitar o profeta e a sua mensagem. Até certo ponto essa tendência
tem sido atenuada pelo fato das gerações subseqüentes geralmente se apressarem em
reconhecer os preconceitos e miopias dos seus antecedentes, e terem eles mesmos
abraçado as verdades e direção dos profetas anteriores. Entretanto, a conseqüência é que
em uma determinada geração qualquer, apenas um remanescente do povo de Deus tem
cumprido e provido os seus propósitos.
O desejo do coração de Deus é que não só um remanescente responda à palavra
profética, mas, que uma geração inteira abrace o espírito profético e torne-se um povo
profético no meio da terra. Sem dúvida este é o cumprimento da profecia de Joel citada em
Atos 2:17,18. “E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei o meu Espírito
sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão ... derramarei do meu Espírito
naqueles dias e profetizarão.” Antes da volta do Senhor, tem que haver uma geração final
cujos olhos estão abertos para ver os propósitos eternos de Deus e abraçar a palavra
profética para a sua época, alcançando assim o que gerações anteriores têm perdido.
No meio do clamor carismático do nosso dia, a igreja precisa reconhecer de maneira
nova que ela é edificada sobre o fundamento do ministério apostólico e profético (Ef 2:20).
Não é suficiente ser “ativo” nas coisas de Deus; precisamos de visão e revelação proféticas
se não quisermos jogar nossa energia fora e descobrir mais tarde que estamos num beco
afastado, longe da corrente principal dos propósitos de Deus. O escritor de provérbios diz:
“Quando falta a revelação, o povo fica desenfreado” (Pv 29:18, Trad. Das Ed. Paulinas). Se
quisermos evitar a confusão que resulta quando cada um segue o seu caminho separado,
sem freio da palavra profética, teremos de reconhecer o ministério e autoridade do profeta,
tirando tempo parar ouvir o que Deus tem para dizer. Nosso alvo não deve ser a mera
sobrevivência espiritual no meio de um mundo expirante mas sermos a geração que introduz
o reino de Deus.
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ABRAÇANDO A PALAVRA PROFÉTICA
Por Catherine de Hueck Doherty
Profecia é um dos dons do Espírito Santo. Devemos nos aproximar dele como Moisés
se aproximou da sarça ardente – sem sapatos, pois o lugar é santo. Como ocorre com todos
os dons de Deus ao homem, é Deus quem escolhe tanto o dom como o homem.
Há, evidentemente, algumas pessoas que têm mais de um dom, mas estas são muito
raras. Os dons de Deus, os dons do Espírito, são pesados, carregados de profundas
responsabilidades. Isso é porque nunca foram designados meramente para si mesmo, mas
devem sempre ser usados em favor de outros.
Qualquer pessoa pode receber o dom de profecia, se Deus assim quiser, mas
devemos lembrar que é um dom que vem dele e que nós mesmos nunca o podemos
produzir. De todos os dons do Espírito, a profecia é o mais sério. O profeta é como um
pedaço de barro nas mãos de Deus. Ele recebeu palavras de Deus para transmitir aos
homens!
Aqueles que recebem tal dom devem se preparar para serem reduzidos à escória do
mundo. Verdadeira profecia não é facilmente aceita pelos homens dos nossos tempos. O
homem moderno faz o que quer, quando quer, como quer. Quando encontra uma verdade
que não deseja aceitar, ele pode reagir com violência. Sua primeira reação é bater na
pessoa que está anunciando a verdade.Ninguém deve considerar o dom de profecia como
algo leviano. Devido às milhares de contradições em que os cristãos de hoje são obrigados
a viver, é bom que aquele que tem ou pensa ter o dom de profecia ache um orientador
espiritual. Não há nenhum caminho mais ilusório do que atribuir a sim mesmo o dom de
profecia.
O dom de profecia é um dom perigoso. A pessoa é tentada a atribuir a Deus tudo que
pronuncia. Nesse caso, evidentemente, ela não será um profeta de Deus, mas um profeta
das forças das trevas.
Considere um ser humano que tem as palavras de Deus para passar adiante aos
seus semelhantes. Sua língua torna-se uma ponte entre Deus e nós. Ele mesmo se torna
quase inexistente por estar tão impregnado de Deus.
Considere os profetas antigos. Todos eles tinham medo. Todos clamavam: “Ah,
Senhor Deus! Eis que não sei falar, pois sou apenas uma criança. Só sei falar: ‘Ah, ah, ah’.”
Não temos penetrado hoje nas imensas profundidades da seriedade desse dom. Não
temos compreendido plenamente que Ana realidade é Deus nos compelindo a falar as suas
verdades nas nossas línguas modernas. Às vezes tratamos a profecia de maneira muito
leviana. Parece que não reconhecemos agonia de um profeta. Na verdade, não há profeta
que não tenha experimentado agonia.
Profecia é a palavra de Deus dada ao homem a fim de ser comunicada a outros
homens. Mas o que é que é a palavra de Deus? A palavra de Deus é Jesus Cristo. O
profeta, num modo de falar, torna-se a Palavra de Deus. Que peso, que implicações, que
responsabilidades, trazem a Palavra de Deus? Somente os que foram chamados para o
verdadeiro dom de profecia podem responder.
SÉRIE PROFETAS E PROFECIAS Nº 1
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Mas a sarça ardente ainda está no nosso meio. Sempre estará. A voz de Deus há de
ecoar nos ouvidos daqueles que ele escolheu. Quando ouvimos tal palavra interiormente
tiramos os nossos sapatos
porque o lugar e o momento são sagrados.
Este livreto foi traduzido de uma série de artigos publicados originalmente nos números 1, 2
e 3 da revista “Proclaim”.
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